Trocamos uma ideia com Gerry Duggan

Não é todo dia que conseguimos conversar com um dos grandes roteiristas que admiramos, mas hoje isso aconteceu. Trocamos uma breve ideia com Gerry Duggan, o roteirista atual das HQs do Deadpool e dos Guardiões da Galáxia.

Duggan não é de muitas palavras, o que é até curioso de se descobrir, uma vez que ele escreve revistas que são o completo oposto. Mas confiram a nossa breve conversa:

JAMESONS: Você escreve Deadpool há muitos anos e já pode ser considerado um dos principais escritores do personagem – senão o principal. Você criou elementos completamente novos para a vida do Wade, explorando um lado muito humano nas histórias que, mesmo cômicos, têm um tom de tragédia muito profundo. Como vocês constrói tudo isso?

GERRY DUGGAN: Eu tenho sorte com colaboradores. Eu só tento escrever para cada um de meus artistas o tipo de coisas que eles vão curtir desenhar. Nós nos divertimos construindo todo esse material para depois derrubar tudo.

JAMESONS: Uma das coisas mais incríveis sobre o seu run em Deadpool é o fato de que é tão coeso que parece que tudo foi planejado desde o começo. Você esperava, lá em 2013, que escreveria mais de 100 edições sobre o Deadpool e, portanto, já tinha um run longo pré-planejado naquela na época?

GERRY DUGGAN: Não, eu achava que seria um trabalho bem curto. Coloquei o Doutor Estranho já na edição 3 para caso nós fracassássemos, porque pelo menos o Tony [Moore] teria desenhado o Estranho antes de sermos cancelados. Como deu certo, seguimos adiante.

O Dr. Estranho desenhado pelo Tony Moore. Foto: Marvel Comics.

JAMESONS: Nos últimos anos você vem trabalhando com muitos personagens da franquia mutante, como os X-Men coreanos, Dentes de Sabre, Wolverine, Conflyto, Cable e, em especial, Vampira. Os X-fãs provavelmente estão felizes com sua abordagem para esses personagens. Você gostaria de escrever um dia algo mais focado nos X-Men?

GERRY DUGGAN: Seria divertido, mas estas revistas estão em boas mãos. No entanto, nunca diga nunca.

JAMESONS: Em 2014, você escrevia a revista do Nova, quando Sam Alexander procurava pelo seu pai num universo sem a Tropa Nova. Agora a Tropa está de volta pelas suas mãos, numa nova perspectiva. Como foi o processo de recriar a Tropa Nova? E, mais, veremos Sam como um membro do time? 

Aproveitando, queria agradecer pela atenção de nos atender. Parabéns pelo trabalho excelente que vem fazendo na Marvel, acreditamos que você é um dos principais pilares criativos da empresa atualmente.

GERRY DUGGAN: A “nova” Tropa Nova é um grupo desconexo e sem experiência. Eles tem alguns Nova com poderes, mas a maioria não tem. Isso deixa as coisas mais divertidas e justas. Eu gosto da ideia de que a Tropa é financiada minerando o asteroide onde o quartel general deles fica. Obrigado pelas palavras gentis – eu planejo tentar escrever um pouco mais do Sam no futuro.

A nova versão da Tropa Nova. Foto: Marvel Comics.

Gerry Duggan também estará escrevendo, nos próximos meses, Infinity Countdown, a grande história da editora em 2018, onde teremos uma enorme corrida em busca das Joias do Infinito. Vamos ver como o roteirista se saí trabalhando com algo dessa magnitude.

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