Resenhas – Lançamentos da Marvel (semana 18/10/2017)
Destaques dos lançamentos da Marvel de 18 de novembro de 2017 resenhados pela nossa equipe. Confira:
All-New Guardians of the Galaxy #12
Gerry Duggan já é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes nos quadrinhos desta década. E seu run em Guardiões da Galáxia não deixa quase nada a desejar. O autor vem apostando num formato há muito esquecido, de edições isoladas, que progridem os enredos dos personagens ao longo do tempo, em vez do corriqueiro formato de arcos de mais de uma edição. Apesar de uma atitude perigosa, ela tem trazido bons frutos. As edições que se completam por si possuem delineamento forte e estrutura narrativa coesa, como é o caso da décima segunda edição. A arte de Rod Reis é bonita, no entanto suas cores carecem de vida, saindo às vezes do tom da revista. O humor é inteligentíssimo, as vozes dos personagens são muito coerentes com suas personalidades e a adição do Homem-Formiga é bem fundamentada. Uma edição sobre os Guardiões na Terra como algo desconcertante é muito boa. Os vários eventos são muito bem amarrados e dão ânimo para a curiosidade de mantermos a leitura das próximas edições. Nota de Matheus Freitas: 9 de 10.
Cable #150
Após o arco medíocre do James Robinson, Ed Brisson assume a revista e começa sua fase Legacy, inclusive continuando sua numeração a partir da edição #150. A edição abraça completamente seu conceito “Legado”. A história começa com Cable e Longshot em busca do corpo de Candra, uma dos X-Ternos, que morrera recentemente. Após isso, a dupla decide ir atrás de Selene, já que ela é a última dos X-Ternos e para isso o mutante monta sua equipe também com Doop e Shatterstar. Tudo na revista soa como os anos 90, porém de forma funcional. A história começa de forma direta e fluida e a arte de Jon Malin combina com o contexto. Só resta esperar que a revista cresça mais. Nota de Pablo Rodrigues: 6 de 10.
Generation X #7
Esta edição tem um desenvolvimento interessante e empolgante. Quentin, Benjamin e Nathaniel estão atrás da vasilha contendo os Nano-Sentinelas. A revista começa com o trio, Quentin, Benjamin e Nathaniel, colocando seu plano em prática para conseguir os Nano-sentinelas. O plano não ocorre como deveria, porém termina certo. A revista funciona muito bem, os diálogos de Quentin são sempre sagazes, os conflitos pessoais de Deeds são abordados pontualmente e a história começa a construir uma relação entre Benjamin e Nathaniel e tudo soa natural. Esta edição acaba por ser uma boa história, com boas interações e um fluxo muito bom. Nota de Pablo Rodrigues: 7 de 10.
The Incredible Hulk #709
A atual passagem de Greg Pak pela revista do Hulk não tem tido o mesmo brilho dos seus primeiros momentos na franquia, quando desenvolveu o muito elogiado arco "Planeta Hulk". Porém nessa fase Legacy, quando ele promete retomar Sakaar e diversos plots que criou 10 anos atrás, as coisas parecem caminhar para o auge do seu retorno. "O Retorno ao Planeta Hulk" repete muitas das ideias do escritor, mas ele as executa de forma diferente, ao mesmo tempo que homenageia. Leitores novos vão se deparar com uma versão Mad Max da Marvel, já quem tem mais bagagem certamente enxergará uma série de referências. Greg Pak ainda pode mais e penso que ele conseguirá finalmente entregar uma nova grande aventura do Gigante Esmeralda. Até a arte do sempre limitado Greg Land está agradável, surpreendente combinando com a proposta da publicação. Nota de Marcos Heck: 8 de 10.
Invincible Iron Man #593
A história basicamente prepara o terreno para a grande história que o escritor Brian Michael Bendis tem preparado para o Tony Stark desde que o deixou em coma lá na Guerra Civil II. Seu corpo sumiu e ninguém faz ideia de quem o roubou e muito menos o motivo. A HQ também aparenta encerrar a participação do Coisa na franquia, agora que ele começará a protagonizar a "Marvel Two-In-One" junto do Tocha Humana. O mais interessante da publicação é certamente o seu final, quando um misterioso homem se rasteja para fora de uma câmara tecnológica, sem cabelo e nu. O sujeito encontra uma das antigas armaduras do Homem de Ferro e deita no chão em posição fetal, sem dizer uma palavra. Certamente é mais um dos clássicos mistérios que o Bendis está preparando. Vale destacar aqui também a arte tanto de Stefano Caselli, quanto de Alex Maleev. Nota de Marcos Heck: 8 de 10.
Luke Cage #166
Luke se encontra no Mississipi, após os eventos das edições anteriores, quando é interpelado por um policial bem suspeito. Ao entrar em uma lanchonete, Cage percebe que tem algo estranho ali, e quando a garçonete vem lhe pedir ajuda, um esquadrão tático da polícia entra no recinto, e após uma breve luta, conseguem fazer Luke desmaiar, ao aspirar um gás sonífero. Quando acorda, ele descobre quem está controlando tudo por ali, o Mestre do Picadeiro. O vilão então hipnotiza Cage, que agora acredita estar de volta à prisão. A arte dessa edição fica por conta de Guilhermo Sanna, enquanto o roteiro fica a cargo de David F. Walker, que entregam uma história razoável e divertida, ao utilizarem um inimigo que mexe com a mente de Luke. Nota de Lucas Fazola Miguel: 7 de 10.
Peter Parker: The Spectacular Spider-Man #5
Em uma típica história do Aranha, temos o Abutre tentando sequestrar o irmão do Consertador, Hophni Mason, a mando do mesmo. O Aranha e Teresa conseguem impedir, ainda que não sem evitar a destruição do laboratório de Mason. O herói esconde o cientista grandalhão junto de sua Tia May, enquanto procura manter Teresa fora de vista em outro lugar. As investigações de Betty Brant e de JJ Jameson vão convergindo para os dois protegidos de Peter, que é surpreendido pelo antigo chefe em seu apartamento, com um pedido, no mínimo, curioso: uma entrevista com o Homem-Aranha, “empregado” de Peter. A edição termina com os agentes da The Gray Blade planejando a prisão de Peter, para chegarem até Teresa Durand. Chip Zdarsky e Adam Kubert captam a essência do personagem e entregam uma HQ leve e descompromissada pra fã nenhum do Amigão da Vizinhança botar defeito, sem abrirem mão da qualidade narrativa. Nota de Lucas Fazola Miguel: 9 de 10.
Secret Warriors #7
Grande parte do mérito desta edição dos Guerreiros Secretos fica por conta da arte de Juanan Ramírez. O traço único do artista representa bem tanto a infantilidade da Garota da Lua quanto o terror de Karnak, assim como a escrita de Matthew Rosenberg também dá conta de aproximar dois personagens tão opostos como esses de forma orgânica e leve. Incorporar a Garota da Lua numa revista como essa não deve ser tarefa fácil, mas com certeza tem sido uma tarefa bem executada. O papel da Miss Marvel e suas ações ainda não se encaixam muito bem com a proposta da revista. Por outro lado, Inferno tem sido mais simpático do que nunca. Finalmente, o garoto propaganda da fase “Inumanidade” está sendo trabalhado como merece. Infelizmente, esses aspectos roubam a cena do enredo principal da edição, a vingança de Daisy Johnson contra Deadpool. Tal enredo, apesar de terminar bem nessa edição, perde espaço para uma Tremor imatura, diferente da que costumávamos ver com Hickman ou Bendis. A seguir: Sinistro. Nota de Matheus Freitas: 7 de 10.
The Mighty Thor #700
Jason Aaron segue incrível na saga da Poderosa Thor. Apesar de a luta de Jane contra a Mulher Hulk não ser interessante quanto as outras histórias, ainda é bastante agradável de ler. As outras partes são diferentes fios da trama que o autor vem criando desde o início de seu run com os personagens. O time de artistas reunidos complementa muito bem a história, dando vida aos excelentes roteiro e diálogos. Destaque para as páginas de Russell Dautermann, que segue mostrando seu melhor nesta revista. Thor segue sendo uma das publicações da editora que não fica em nenhum momento menos que excelente. Nota de Pedro Arthur: 10 de 10.
Venom #156
A entrada de Eddie Brock como protagonista de Venom fez do título um dos mais imprevisíveis quanto à qualidade de sua trama. Antes, com Lee Price protagonizando, tínhamos clareza na abordagem do relacionamento dele com seu simbionte e, também, um fim mais ou menos pré-descrito. A mudança de protagonista veio e Mike Costa, conhecendo bem o background do personagem, conseguiu só agora acertar, abordando a dificuldade que o protagonista tem em se situar na Marvel atual. É interessante que a edição de hoje se remeta com qualidade ao famoso arco "A Última Caçada de Kraven", incorporando o clima de uma perseguição. O autor traz de maneira charmosa um personagem que brilhou nos anos 90 e é conhecido, principalmente, por sua identidade visual. Com o excelentíssimo Mark Bagley na arte, Costa consegue transpor uma ideia promissora para o personagem, que deve culminar no evento Venom Inc. Nota de Thomas Camargo: 8 de 10.
X-Men: Gold #14
Marc Guggenheim segue com sua fraca narrativa em mais uma edição. Há um senso mínimo de progressão na trama, os diálogos e cenas não melhoram a leitura e o humor é fraco. Comparado a X-Men: Blue, há uma queda notável de qualidade. O destaque da edição é o trabalho do desenhista Marc Laming com o colorista Rain Beredo. A dupla torna a história esteticamente agradável, mas não compensa o roteiro fraco. Não há real perspectiva que esse título melhore sem uma troca de escritor. Nota de Pedro Arthur Gomes: 4 de 10.