5 vilões da Marvel que poderiam mitar nas eleições brasileiras
As eleições presidenciais do Brasil estão chegando e nós do Jamesons não poderíamos nos furtar de abordar o assunto aqui no site. Sendo assim, elencamos cinco vilões da Marvel que fariam um grande sucesso caso estivessem concorrendo nas eleições desse ano.
Antes de começar a lista, gostaria apenas de deixar claro que o texto não citará nenhum presidenciável real ou partido político. Qualquer analogia ou comparação que possa ser feita entre os vilões da ficção e políticos reais, é de responsabilidade unicamente de você, leitor, que chegou nessa conclusão.
1. Norman Osborn
Norman Osborn é um assassino psicopata com uma obsessão doentia pelo Homem-Aranha. Nos quadrinhos da Marvel ele nunca foi eleito pelo povo para alguma posição governamental, porém, já foi o líder da segurança norte-americana, quando presidiu a organização MARTELO, o que configura até certo ponto um cargo político.
Mas como Norman conseguiu comandar a segurança de um país como o Estados Unidos, possuindo uma ficha criminal tão extensa? Primeiro ele conseguiu o posto de comandante dos Thunderbolts, uma indicação política por troca de favores, algo bastante típico. E para alcançar o posto de presidente da MARTELO, primeiro tratou de apagar todos os registros eletrônicos da sua vida no crime. E aqui cabe uma analogia aos políticos que tentam esconder as atrocidades que já falaram ou fizeram no passado, negando na cara dura o passado sombrio.
Norman também manipulou, “comprou” a mídia, que se tornou uma grande parceira sua. Em entrevistas na TV, posou de vitima, reconheceu alguns erros do passado, mas se disse arrependido. Também se colocou como um messias, alguém que Deus deu uma segunda chance para ajudar o povo.
2. Wilson Fisk
Atualmente o eterno Rei do Crime é o Prefeito de Nova Iorque. E a forma como ele conseguiu se eleger democraticamente é, infelizmente, uma das coisas mais típicas da política brasileira.
Durante a saga Império Secreto, enquanto Manhatan estava tomada por um vórtice da Dimensão Sombria e sendo atacada por demônios, Fisk se juntou aos heróis e colaborou para que a paz fosse reestabelecida. Obviamente, ele não fez isso por altruísmo.
O Rei do Crime, portanto, representa aquele político que se elege com a troca de favores. Ele ajuda uma família que não tem o que comer e com isso angaria a sua gratidão. Porém, ele fez isso com quase que Manhatan inteira e em um dos seus momentos mais complicados. E claro, além disso, contou com a memória curta da população, para esquecerem ou relevassem o fato de ser um dos mais perigosos mafiosos de NY.
3. John Jonah Jameson Jr.
Para ser bem sincero o Jameson não é um vilão, estaria mais para antagonista ou mesmo coadjuvante pé no saco. Porém, ele já foi Prefeito de Nova Iorque e traz consigo uma importante discussão para um ano eleitoral.
Jameson representa aquele político que se elege às custas da verdade, que propaga fake news o tempo inteiro. Fez seu nome na mídia e com a população americana quando era Editor-Chefe do jornal Clarim Diário, onde diariamente publicava notícias tendenciosas e/ou falsas sobre o Homem-Aranha, estimulando o ódio e o medo na comunidade.
Durante a campanha, um dos motes promocionais para se eleger foi a promessa de que acabaria com o Homem-Aranha. Ou seja, Jameson se tornou um político que usa fake news para propagar ódio e perseguição contra aquele que possui um estilo de vida que desaprova.
Um fato a se observar sobre Jameson, é que quando Otto Octavius possuiu o corpo do Homem-Aranha e passou a tomar decisões mais rígidas e enérgicas contra os vilões, os ferindo gravemente e até matando, Jonah passou a admirar e respeitar o herói. Aquela velha máxima de que “bandido bom é bandido morto“.
4. Capitão América da Hidra
Apesar da ideia de se ter um Capitão América fascista assuste, a possibilidade não é tão absurda assim. Muitos políticos tem feito sucesso no mundo todo com discursos extremos de nacionalismo e com muito autoritarismo. O exemplo mais recente na Marvel foi o Capitão América da Hidra de Império Secreto.
O personagem conseguiu controlar o governo a partir de um golpe de estado institucionalizado, se aproveitando da opinião pública para manipular o sistema. Quando já estava no cargo mais alto que poderia sonhar, passou a manipular a mídia e até tentou mudar os livros de história para legitimar sua posição.
Jornalistas foram presos, quem se posicionou contra foi morto e boa parte da população passou a ser alienada. É de se pensar que foi um horror e que ninguém mais gostaria de ver isso certo? Errado. Mesmo após o vilão ser derrotado, ainda tem muitos americanos desejando o retorno do Império Secreto.
E para não dizer que isso é pura ficção, um paralelo bem semelhante pode ser feito com a Ditadura Militar brasileira. E até hoje tem gente querendo que ela retorno, não? O nosso redator Gustavo Monlevad fez um extenso e detalhado texto mostrando como Império Secreto e a Ditadura brasileira possuem paralelos bem interessantes, vale a leitura.
Nessa lista O Capitão América da Hidra, muito mais do que um político, representaria aquele cidadão que usa camiseta da CBF em manifestação e que ergue cartaz clamando por uma intervenção militar.
5. William Stryker
Stryker, enquanto ainda era um militar, estava andando de carro no deserto com sua esposa gravida, quando o automóvel estragou e ela começou um serviço de parto. Enquanto ela estava desmaiada, Stryker realizou o parto e descobriu que seu filho possuía mutações físicas, prontamente esfaqueou o bebê, matou a sua amada e falsificou um acidente, o que lhe garantiu dispensa do Exército.
Meses depois de tudo isso, leu um texto de Charles Xavier sobre os mutantes e descobriu o que exatamente era o seu filho. Passou a acreditar então que os mutantes são um meio do Satanás converter a humanidade e que é seu papel fazer o trabalho por Deus, eliminar a corrupção que são os mutantes.
A partir de então, William Stryker se tornou um religioso popular, com programa de TV, que passa o tempo inteiro pregando o ódio contra os mutantes. Como existem políticos reais que são líderes religiosos, com programas de TV e que produzem ódio contra comunidades cujos comportamentos alegam “não seguir o caminho de Deus”, Stryker acaba sendo candidato adequado para essa lista, mesmo não ocupando um cargo político.
Mas e você, caro leitor, identifica outros vilões que fariam sucesso na corrida eleitoral brasileira desse ano? Deixe nos comentários as suas sugestões.