Série da Mulher-Hulk pode explicar a existência de mutantes no MCU. Entenda.

Eu juro para vocês que esse texto não é de maneira nenhuma um clickbait. Eu realmente tive um insight assistindo ao terceiro episódio de Mulher-Hulk acerca dos mutantes e gostaria de compartilhar com vocês. Leiam de mente aberta e sem ódio no coração.

O MCU, desde que ele surgiu, sempre apresentou super-seres de uma maneira muito localizada. O Monge de Ferro era apenas um antagonista do Homem de Ferro. Loki era um asgardiano. O Caveira Vermelha tinha o soro do super-soldado semelhante ao Capitão América. O Jaqueta Amarela usaba partículas Pym igual ao Homem-Formiga. Tudo muito redondinho e focado na própria franquia.

As coisa começaram a sair do limite do quintal quando em Doutor Estranho descobrimos que existem magos espalhados pela Terra. Mas a humanidade como um todo não faz ideia da existência deles.

Em Pantera Negra descobrimos que a nação mais desenvolvida do mundo também existia secretamente na África. Em Capitã Marvel descobrimos que existem alienígenas infiltrados na Terra. Tanto skrulls quanto krees.

Aos poucos as coisas foram escalonando. A única constante era que, para a humanidade, pessoas com poderes ainda eram algo distante. Os Vingadores, uma grande equipe para proteger a Terra. A quantidade de super-seres era tão pequena que a Guerra Civil até hoje rende piada por ser uma lutinha no aeroporto entre uns 12 heróis.

A ascensão dos super-seres

Mas a partir do lançamento de Vingadores: Ultimato as coisas mudaram. Começaram a surgir super-seres em uma escala nunca antes vista: Miss Marvel, Cavaleiro da Lua, Escaravelho Escarlate, Wiccano, Célere, America, Agatha Harkness, Coração de Ferro, Namor, Eco, Gaviã Arqueira, Yelena Belova, os Eternos, Agente Americano, Poderosa Thor … esses são apenas os mais populares.

Mas não vamos esquecer: Shang-Chi e Miss Marvel mostraram que existem seres de outras dimensões na Terra. Viúva-Negra soltou pelo planeta diversas viúvas-negras da Sala Vermelha. Fora que uma Nova Asgard foi emancipada na Terra e agora acolhe seres místicos dos 9 Reinos Nórdicos. Vale ainda citar que Cavaleiro da Lua e Thor escancararam que existem outros panteões de deuses povoando o planeta.

Em Miss Marvel nós já tínhamos visto que a organização Controle de Danos estava de olho no surgimento de pessoas com poderes pelos Estados Unidos. Ou seja, isso já é algo mapeado pelo governo.

Ok, mas e os mutantes?

E tudo isso culmina em Mulher-Hulk, que parece ser o ápice desse desenvolvimento até aqui. Acompanhamos ao longo do programa como a existência de super-seres já está quase naturalizado no MCU.

Se durante as Fases 1 e 3 as pessoas com poderes eram algo extremamente raro e um verdadeiro evento, agora já é quase algo banal. Igualzinho acontece nos quadrinhos. Tem gente com poder, tecnologia mega avançada ou técnicas avançadíssimas de luta em todo lugar.

Em Mulher-Hulk já tivemos a Gangue da Demolição, uns pedreiros com armas místicas, uma elfa transmorfa de Nova Asgard, ainda teremos o Homem-Sapo, Demolidor, Titânia (que é até uma influencer) e vários outros personagens de menor expressão.

Dito isso, qual sempre foi a dificuldade de se imaginar os mutantes no MCU? Aquele velho questionamento: “se existem pessoas com poderes mutantes por aí no MCU, como isso nunca repercutiu antes?“.

Esse dilema existia quando pessoas com poderes era algo escasso. Agora essa questão está resolvida. Já existem tantas pessoas com poderes na Terra que não há mais a necessidade daquelas teorias absurdas de que a Feiticeira Escarlate vai alterar a realidade para criar os mutantes. Ou que os mutantes vão vir do universo da Fox durante a saga envolvendo o Multiverso.

Vale lembrar o easter egg do Wolverine no segundo episódio de Mulher-Hulk. Uma notinha de um portal que a Jen está lendo traz uma matéria sobre um homem com garras de metal em um bar. Além disso, o site em questão traz uma editoria específica para os Vingadores, indicando a popularização da pauta super-humana na mídia do MCU.

O que não existe no MCU ainda é a designação mutante, gene x e Homo Superior. Não temos ainda um Charles Xavier para trazer luz para esses debates. Mas em Miss Marvel o Bruno já identificou uma mutação em Kamala Khan.

E em breve teremos jovens disparando raios pelos olhos, lendo pensamentos, congelando as coisas ou até mesmo ganhando asas de anjo por aí. E a repercussão, dentro do MCU, nem será tão grande. Afinal, podem ser feiticeiros, seres de outras dimensões, nórdicos e afins.

Mas quando o Xavier vir a público informando que há uma mutação no genoma humano, uma evolução da espécie e que os mutantes estão entre nós, o caos estará instaurado. O medo da substituição, junto do preconceito e ódio tomará conta das histórias. Aguardem.

Os X-Men

Dito isso, então por qual motivo nunca se falou em Instituto Xavier no MCU? Talvez nem todos saibam, mas o Instituto Xavier foi criado em 1963 nos quadrinhos e por décadas foi uma escola secreta para mutantes. O mundo só descobriu que Charles Xavier ensinava mutantes no começo dos anos 2000, quando o Instituto abriu publicamente suas portas para os mutantes do mundo inteiro.

Então é bem possível que, no MCU, o Instituto Xavier seja ainda uma escola secreta. Mas ok, aqui já entramos no campo da fanfic. O meu argumento para esse texto é mostrar como Mulher-Hulk consolidou a naturalização das pessoas com poderes no MCU. E agora não é preciso mais falar em Multiverso ou Feiticeira Escarlate para apresentar os mutantes no MCU.

Até porque, como nós já falamos nesse outro texto aqui, todas essas outras possibilidades mais mirabolantes jogam no lixo o preceito mais básico dos mutantes: ser uma espécie e o próximo estágio da evolução humana.

Com a situação que está posta em Mulher-Hulk, dá para ser fiel aos quadrinhos. Afinal, o gene x pode ganhar um boom de ativações junto com a chegada de seres nórdicos, alienígenas, feiticeiros e tantos outros no MCU.

Mas e então, caro leitor, tinha percebido essa situação já no MCU? Ficou ainda mais hypado para ver os mutantes nas telonas? Nós ficamos. Deixe a sua opinião nos comentários.