Quadrinhos

10 HQs da semana pra você ler e 1 para ignorar

Estamos na 41° semana do ano e a Marvel publicou hoje 21 novas revistas em quadrinhos (dentre a linha principal, a infantil, Star Wars e outros materiais). Separamos aqui 10 dessas HQs que você deve ler e 1 que você pode ignorar.

 

Uncanny Avengers vol. 3 #28

O escritor Jim Zub já vem demonstrando tem algum tempo o talento para mesclar ação humor. Os Fabulosos Vingadores atualmente são uma revista periférica da franquia, o que significa que ele tem uma maior liberdade para brincar com personagens que não são “Classe A”. A história tem duas situações que certamente acalentaram o coração dos fãs: o Tocha Humana foi designado como herdeiro de tudo o que pertencia ao Quarteto Fantástico e a dupla Fera e Magnum tiveram uma tarde de aventuras juntos. Todos os personagens muito bem caracterizados e a arte do Sean Izaakse é um espetáculo a parte. Nota de Marcos Heck: 8.5.

 

Despicable Deadpool vol. 1 #287

Esse run do Gerry Duggan escrevendo o Deadpool é uma das melhores coisas sendo lançadas desde 2012. Temos uma jornada de herói sendo vivenciada por um personagem completamente alucinado. Wade Wilson faz tudo direitinho e sempre, SEMPRE, se fode no final. É aquela história que nos faz simpatizar com o personagem e até entender um pouco de onde vem a sua loucura. O senso de humor do anti-herói serve pra mascarar toda a dor e rancor que ele tem por dentro. A propósito, essa postura já é passado. Nessa fase Legacy, Duggan promete trazer um Mercenário Tagarela mais “raiz”. Essa primeira edição mostra exatamente isso, Deadpool partindo como um louco pra cima do Cable, tentando matar ele a todo custo. Entretanto, até quando ele faz coisas erradas tem motivos nobres (mesmo que desvirtuados). Ele precisa matar Natham Summers pois deu sua palavra para o Conflyto, que edições atrás salvou a família da Preston. Ele está com esse débito e fará o possível para pagá-lo. Nota de Marcos Heck: 9.

 

Falcon vol. 2 #1

O Capitão América ser um traidor legitimou a posição daqueles que creem no sofrimento da minoria. Essa ideia não pode ser levada para frente e é essa a motivação de Sam Wilson de volta à sua alcunha de Falcão: cuidar dos mais vulneráveis. O coração do personagem está cheio de dúvidas após descobrir que suas crenças se baseavam num mito. Por outro lado, seu sidekick, o Patriota, enxerga a esperança com otimismo e simplicidade. Falcon #1 é uma história que aborda a segregação social do povo negro americano de forma muito inteligente e bem narrada, mas sem deixar de lado o super-heroísmo dos quadrinhos. O final é intrigante, vemos como o mal é terrível e age do topo. O roteirista Rodney Barnes começou com o pé direito, enquanto a arte de Joshua Cassara transmite o peso da história com muita beleza. Nota de Matheus Freitas: 10.

 

Inhumans: Once and Future Kings vol. 1 #3

Infelizmente, o ritmo da edição anterior foi descontinuado aqui, o que explica a nota 9. No entanto, a altíssima qualidade e sagacidade da edição não permitem que a avaliação seja mais baixa. Christopher Priest traz com muita força as subtramas de todos os personagens envolvidas de forma muito fácil de ser percebida. Uma história sobre escravidão e política, que traz romance e emoções humanas primitivas mescladas ao enredo principal. Não sabemos ao certo o que realmente pretendem aqueles que interagem com a família real. É o esperado de uma história sobre um golpe político. A arte de Phil Noto é boa ao representar a realeza inumana e os sentimentos humanos. Na próxima edição: a aranha inumana. Nota de Matheus Freitas: 9.

 

Runaways vol. 5 #2

A construção de Fugitivos por Rainbow Rowell é bem-feita e a arte de Kris Anka é bastante pertinente, apesar de eu achá-la excessivamente simplista aqui; os Fugitivos permitem um pouco de “sujeira” na arte. A relação dos diálogos com a cronologia é extremamente amarrada, além das vozes dos personagens serem adequadas. O mistério do vilão dos gatos também mantém a revista em alta. No entanto, o ritmo deixa uma sensação de lentidão estranha, mesmo que a edição contenha bastantes acontecimentos. A escrita de Brian K. Vaugh é única e, infelizmente, Fugitivos está amaldiçoadamente vinculada a essa escrita. O mérito de Rowell é grande, mas a revista deixa um pouquinho a desejar. Apesar disso, a leitura é altamente recomendável para os fãs antigos e fãs futuros dos Fugitivos. Nota de Matheus Freitas: 8.

 

All-New Wolverine vol. 1 #25

A trajetória de Laura como Wolverine continua em mais esta edição nas mãos de Tom Taylor e na bela arte de Juann Cabal. Entrando na fase Legacy da editora, a revista inicia um novo arco e traz Daken sendo capturado pelos “Orphan of X”, um grupo e ainda misterioso, enquanto Laura precisa encarar o Complexo e todas suas experiências traumáticas. Assim como Generations: Wolverine, esta é uma edição sobre família. Desde a cena inicial, onde mostra um “flashback” de Logan, até o momento final onde Laura se depara com aquela que parece ser sua mãe. A edição é bem construída, a narrativa fluída e os diálogos consistentes, apesar da história ainda não expressar exatamente que rumo tomará. Nota de Pablo Rodrigues: 8.

 

Weapon X vol. 3 #9

Esta edição traz a parte 3 do arco “The Hunt for Weapon H”. Laura passa a ajudar Velho Logan, Creed e Jimmy na caça ao “Hulkverine”, contudo mesmo com sua entrada a história segue sem ritmo. Apesar de elementos interessantes, o desenvolvimento da revista sofre de uma enorme apatia e o ex-soldado da Eaglestar transformado no Arma H, que ainda parece perdido diante de toda situação. Os personagens não parecem exatamente engajados e o roteiro força suas presenças. Dentes de Sabre é o mais deslocado da motivação do grupo, por vezes o personagem aparenta estar ali apenas para reclamar. Os cortes da narrativa também não estão alinhados e a sensação é que os momentos são jogados artificialmente na história de forma a dar um prosseguimento forçado. Nota de Pablo Rodrigues: 5.

 

Defenders vol. 5 #6

Começa o arco dos Defensores em Legacy, Reis do Crime de Nova Iorque, e Brian Bendis segue mostrando porque histórias com heróis urbanos são seu forte. A primeira metade da edição tem um ritmo mais acelerado, com boas sequências de luta, e a segunda estabelece melhor o que esperar da trama a partir daqui. Apesar de seu destaque na capa, Deadpool não aparece tanto na história, porém tem seu futuro papel evidenciado e isto não prejudica a leitura. A descoberta do aliado oculto do Cascavel não é a maior das surpresas, mas coerente com a trama e um prenúncio do quão sinistra a guerra entre gangues da cidade pode se tornar. A dupla David Márquez (arte) e Justin Ponsor (cores) segue incrível com painéis que complementam maravilhosamente o roteiro. Nota de Pedro Arthur: 9.

 

X-Men Blue vol. 1 #13

Cullen Bunn prossegue com Mojo Worldwide de forma mais eficiente que seu colega Marc Guggenheim (X-Men Gold). Os diálogos entre personagens e o contexto de suas interações são convincentes, assim como a exploração dos conceitos relacionados a Mojo e seu humor metalinguístico. Bunn continua mostrando ser capaz de usar eficientemente grupos de personagens, dividindo o foco da trama entre os mais importantes, em vez de concentrar o holofote em um indivíduo. A combinação da arte de Jorge Molina e cores de Matt Milla torna a ação ainda mais agradável. No geral, uma edição gostosa de se ler, não perfeita, mas que proporciona uma leitura divertida dentro deste arco. Nota de Pedro Arthur: 8.

 

Amazing Spider-Man vol. 1 #789

Nessa edição inicia-se a saga “Fall of Parker”. A trama dessa primeira parte gira basicamente em torno da depressão pós-perda das Indústrias Parker, com Peter – morando de favor no apartamento da Harpia – tendo de lidar com as críticas da imprensa, pelo fato dele ser agora odiado pela população de NY, ao prejudicar milhares com a dissolução da empresa. O Clarim Diário retorna pra vida do herói de uma forma realmente inédita, e somente ao final da edição temos o Aranha em ação, voltando à rotina de herói urbano. É um competente início de arco, Dan Slott tem extremo domínio de tudo que envolve Peter Parker e seu núcleo de coadjuvantes, enquanto Stuart Immonen e Wade von Grawbadger estabelecem uma identidade visual muito forte para a história. Aguardemos os próximos capítulos. Nota de Lucas Fazola: 9.

 

Daredevil vol. 5 #27

Na segunda parte de “The land of the blind”, o Demolidor se encontra preso em uma cela, em uma armadilha de seu outrora parceiro, Ponto Cego, que agora está aliado ao Tentáculo. O jovem chinês conta sua história e explica como chegaram até ali, revelando que sua visão foi recuperada através de um pacto de sua mãe com a Besta do Tentáculo, que agora cobra pela alma de Matt Murdock, para liberar a da progenitora de Ponto Cego. O escritor Charles Soule continua em um run bem sólido com o Advogado Cego, trabalhando elementos dos mais variados dentro da história do personagem, como o Tentáculo e a culpa católica do herói, se distanciando da premiada fase que o antecedeu, do Mark Waid. A arte de Ron Garney, junto da coloração de Matt Milla continua um show à parte. Nota de Lucas Fazola: 9.

 

Redação Jamesons

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