Alguns meses atrás a Marvel surpreendeu ao anunciar que a revista do Demolidor, entre as edições #609 e #612 estaria envolvida no arco “A Morte do Demolidor“. E apesar da banalização da morte em histórias de super-heróis, a Marvel tem um histórico de realmente matar seus personagens em arcos de história com este título.
O arco em questão também marcou a despedida do escritor Charles Soule (A Morte do Wolverine) da HQ, trabalho que ele já acumula desde 2015. Pois bem, sem mais delongas, vamos esclarecer o que de fato ocorre nesse arco.
Mas antes de qualquer coisa, precisamos deixar claro que essa história contém MUITOS SPOILERS da HQ.
Estamos falando sério, são SPOILERS AGRESSIVOS.
Galera, sério mesmo. Se você ainda não leu a HQ, ler esse texto pode estragar a sua experiência. Leia por sua conta em risco.
Pois bem, se você quer ler, vamos lá.
Lá na edição #609 tudo começa com o Matt numa mesa de operações, passando por algum procedimento delicado. O que deixou muitos leitores já receosos: “será que a história já começará com ele morrendo?“. Mas não foi o caso, ele foi atropelado por um caminhão enquanto tentava salvar um garoto desatento que atravessava a rua no sinal vermelho.
Após passar por todos os procedimentos necessário e se recuperar o hospital, Murdock passa a se dedicar na sua missão de provar que Wilson Fisk se elegeu como Prefeito de Nova Iorque de forma ilegal. Para isso, une forças com Elektra, Frank McGee, Cifra e vários outros personagens.
Nesse meio tempo ainda precisou lidar com seu recém surgido irmão gêmeo, que se redimiu e ao que tudo indica agora caminha ao lado dos mocinhos. Vale destacar que constantemente a histórica brinca com a possibilidade de Matt morrer, mas ele sempre evita o pior.
Porém, o golpe final no reinado de Wilson Fisk foi quando Matt convocou boa parte da comunidade heroica para depor contra o atual Prefeito de NY em um julgamento oficial. Quando provocado, Wilson acabou deixando escapar que pode ter interferido no processo eleitoral, o que provocou a sua derrocada.
Estava tudo indo bem para Matthew Murdock, até que a história dá uma guinada. Demolidor parte para combater a misteriosa figura chamada O Vigia, que tem surgido recentemente e o confrontado ao longo deste arco. O herói acreditava que o antagonista tinha relação com Wilson Fisk, mas estava equivocado.
Quando o Demolidor finalmente derrota O Vigia e retira a sua máscara, acaba passando por um momento de clareza. A história corta para o hospital, retornando a cena lá do primeiro capítulo, quando ele está ferido após ser atropelado por um caminhão.
Matt está realmente muito ferido. Tudo o que aconteceu a partir do momento em que foi atropelado por um caminhão não passou de um sonho/delírio. A última noite com a Elektra, a redenção do seu irmão, a queda de Wilson Fisk. Tudo não passou de um delírio de um moribundo Matt Murdock.
Em seu momento final, Matt visualiza a sua falecida amada Karen Page que o recebe com a seguinte frase: “Matt. Não se culpe. Você fez tudo o que podia“. E então, os sinais vitais de Matthew Murdock se vão.
Bom caros leitores, um final realmente surpreendente, hein? Apesar da morte do herói ser esperada, dado o título da história, a forma como tudo foi construído foi uma grata surpresa. Em um primeiro olhar, a trama parece apressada para encerrar todas as pontas soltas, mas com a reviravolta no final fica claro que trata-se do oposto.
Apesar dessa história finalizar indicando que o Demolidor morreu, essa morte é muito mais significativa para essa trama e desfecho do que algo de fato canônico. Uma nova revista mensal para o personagem já foi anunciada para o mês de fevereiro de 2019, mas todos os plots da HQ estão sendo mantidos em segredo.
Ou seja, o Matt estará retornando. Porém, tal situação não tira a beleza e os méritos do escritor Charles Soule nesse arco em questão. O novo roteirista, Chip Zdarsky (Sensacional Homem-Aranha) terá muitas possibilidades interessantes deixadas por Souke para desenvolver no seu run.
Preciso destacar também o trabalho do desenhista Phil Noto nesse seu último arco na HQ. A história está extremamente bem desenhada. O fato do próprio artista cuidar da colorização da história faz toda a diferença, o tom de aquarela combina com a proposta final da história, de que foi tudo um sonho/delírio. Talvez nenhum outro desenhista tivesse casado tão bem com a proposta desse arco quanto o Noto.
O Demolidor de Charles Soule teve altos e baixos. Mas o escritor conseguiu honrar o crédito que historicamente os autores possuem nessa HQ, de desenvolverem trabalhos de distinção. E se despede com uma das suas histórias mais bacanas.
Mas e você, caro leitor, o que achou do run de Charles Soule, principalmente este arco final? Concorda que a morte do Demolidor foi algo muito mais figurativo, talvez metafórico, do que literal? Deixe a sua opinião nos comentários.
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