Nesta quarta-feira (27), será lançada a primeira edição de Phoenix: Resurrection, minissérie que promete narrar a ressurreição de Jean Grey, ausente das histórias em quadrinhos desde o fim do arco Planeta X, em 2004. Mortes e ressurreições são comuns em quadrinhos, no entanto, quando se trata de Jean Grey, tal assunto é tratado como clichê. É importante notar, entretanto, que o próprio conceito da Fênix se resume a “renascer das cinzas”, ou seja, destruição e renascimento são atos fundamentais da história de Jean Grey. Assim, apesar de sempre dizerem que Jean Grey morreu e ressuscitou inúmeras vezes, quais foram exatamente essas mortes e ressurreições? Este texto resume exatamente as ocasiões em que Jean Grey morreu e foi ressuscitada.
A primeira vez em que Jean Grey morreu foi na última página de X-Men #100, de 1976, por Chris Claremont e Dave Cockrun. Jean, naquele momento, não era membro dos X-Men, mas os acompanhou numa missão no espaço, contra Stephen Lang. Na volta, o foguete se encontrava bastante danificado, o piloto automático estava inutilizado e a cabine para pilotagem manual não possuía escudos para proteger o piloto da radiação cósmica do espaço. Jean, assim, se trancou na cabine, utilizando seus poderes telecinéticos como escudo e seus poderes telepáticos para pilotar o avião. Ao final da edição, no entanto, os escudos telecinéticos aparentemente se rompem, causando a morte da heroína.
A morte foi muito breve, já que na edição seguinte, após o foguete cair no mar, Jean Grey surge das águas intitulando-se Fênix (pela primeira vez). A cena da ressurreição é bastante famosa na mitologia dos quadrinhos e, após ela, Jean foi personagem recorrente da revista por alguns anos, exibindo níveis de poderes absurdamente altos, uma preparação para a Saga da Fênix Negra (de John Byrne e Chris Claremont), edições depois. O clímax da história se dá quando o Mestre Mental finalmente cumpre sua missão de perverter a mente de Fênix, forçando-a a ser um membro do Clube do Inferno. Os planos dos vilões não dão certo e a Fênix, corrompida, causa destruição pelo espaço, dizimando um sistema solar que compunha parte do Império Shi’ar. De volta à Terra, a Fênix foi aparentemente controlada pelos X-Men, mas, a mando do Império Shi’ar, ela deveria ser julgada por seus crimes. O acordo encontrado para resolver o problema entre X-Men e o Império Shi’ar foi um confronto pela vida de Jean Grey, ocorrido na lua. A Guarda Imperial Shi’ar enfrentaria os X-Men, e o vencedor decidiria o destino de Jean Grey. Durante a luta, no entanto, na edição #137 de X-Men, a Fênix ressurge mais uma vez, como parte do ciclo infindável entre Jean Grey, Fênix e Fênix Negra. Em um momento de lucidez, Jean decide se sacrificar para poupar o universo de maiores danos. Esse também é um quadro bastante memorável dos quadrinhos.
Jean Grey estava definitivamente morta para os autores da Saga da Fênix Negra. Ciclope havia encontrado uma outra esposa e os X-Men seguiam em frente. No entanto, a ideia para um título secundário de X-Men, o X-Factor, foi levantada, com o intuito de serem trazidos de volta os X-Men originais, todos ausentes do time de X-Men do momento. Inicialmente, a mulher do grupo não seria Jean Grey, afinal, ela estava morta e ressurreições não eram comuns naquela época, mas sim Alison Blaire, a Cristal. O editor Roger Stern, no entanto, teve uma sugestão para a ressurreição de Jean Grey para compor o X-Factor vinda de Kurt Busiek. A ideia de Busiek era que a verdadeira Jean estivesse inerte no fundo do mar desde sua aparente morte em X-Men #100. A história foi contada em Vingadores #263 (Roger Stern e John Buscema) e Quarteto Fantástico #286 (John Byrne e Jackson Guice, com alguns trechos escritos por Chris Claremont), ambas de janeiro de 1986. Após a ressurreição de Jean, X-Factor #1 foi lançada exatamente um mês depois, tendo-a como membro do grupo. Já a Cristal acabou compondo parte dos X-Men.
Por quase duas décadas, Jean se manteve como pilar das histórias dos X-Men. Nesse meio tempo, ela não morreu e ressuscitou de forma impactante. Podemos citar, de forma breve, a morte da heroína durante a saga Desafio Infinito, quando metade do Universo Marvel foi morta por Thanos, status revertido no final da história, e a aparente morte de Jean pelas mãos de Trevor Fitzroy, que foi de fato apenas aparente, uma vez que ela se protegeu da morte trocando de mentes com Emma Frost, em Fabulosos X-Men #281. Nesse tempo de 20 anos, ela absorveu as memórias de suas outras vidas como Fênix e Madelyne Pryor (seu clone), casou-se com o Ciclope e liderou algumas formações de X-Men.
A próxima morte viria apenas em Novos X-Men #148 (Grant Morrison e Phil Gimenez), na terceira parte do arco Planeta X, de 2004. Jean e Wolverine foram presos no Asteroide M após uma manipulação de Xorn. O vilão então fez com que o Asteroide M rumasse ao encontro do sol, o que ocasionaria a morte dos dois X-Men. Jean, quase morta pelo calor e falta de oxigênio, é assassinada por Wolverine, que tinha como intenção poupá-la do sofrimento.
Duas edições depois, em Novos X-Men #150 (pelo mesmo time criativo da edição #148), Jean Grey ressuscita como Fênix, de forma muito semelhante ao ocorrido 30 anos antes, em X-Men #100-101. No entanto, na mesma edição, Jean é mais uma vez morta, dessa vez por Xorn, que, com seus poderes, causou um aneurisma nela, consolidando a morte mais “definitiva” da personagem.
O arco seguinte de Morrison, desenhado por Marc Silvestri, chamado Ecos do Amanhã (Novos X-Men #151-154) conta a ressurreição da Fênix 150 anos no futuro, quando o ovo da Fênix é chocado. Após enfrentar o Sublime no futuro, Jean se torna a Fênix Branca, alterando a realidade para garantir que Ciclope e Emma Frost não abandonem o Instituto X após a morte de Jean pelas mãos de Xorn.
O status da Fênix Branca é mais amplamente abordado na minissérie A Canção Derradeira da Fênix (Greg Pak e Greg Land), de 2005. Na história, um fragmento da Força Fênix, sedento por energia, reanima o corpo de Jean, que é “assassinada” várias vezes por Wolverine para que possa recobrar o controle. No final da série, a Fênix Branca se despede de Ciclope e desaparece. Algumas outras vezes, fragmentos da Fênix apareceram em histórias seguintes, sem muita profundidade quanto ao estado de Jean Grey.
A volta mais recente de Jean ocorreu em Novíssimos X-Men #1 (Brian Michael Bendis e Stuart Immonen), de 2013. O Fera trouxe do passado todo o time original de X-Men, incluindo Jean Grey. Essa versão adolescente da personagem tem convivido entre os demais X-Men e personagens do Universo Marvel desde então, tendo sua própria série solo no ano passado, que se relaciona ao enredo de Phoenix: Resurrection, mesmo que ela não seja a Jean Grey adulta. A versão adolescente foi, surpreendentemente, morta pela Fênix em Jean Grey #10.
Na próxima quarta-feira, teremos os primeiros indícios de como será explicado esse (outro) retorno de Jean Grey e como ele se relaciona com as demais mortes e ressurreições de Jean ao longo do tempo.
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