Entenda a reestruturação da Marvel Studios no setor televisivo

Surgiu como uma bomba hoje pela manhã a informação de que a Marvel está IMPLODINDO todo o seu departamento responsável pelas séries e minisséries do Disney+. E agora nós vamos resumir tudo o que você precisa saber pra entender a situação.

Conforme o portal The Hollywood Reporter, a Marvel Studios planeja uma repaginada completa no seu setor televisivo. Na verdade, o ponto é que a Marvel Studios vai encarar as séries de TV mais como séries de TV e menos como filmes looooongos.

Séries tradicionalmente possuem episódios pilotos, usados para testar as ideias. Esses episódios são aprovados e então o programa ganha uma temporada. Ou são recusados e a série nunca vê a luz do dia. Acontece que a Marvel Studios não operava com pilotos.

A norma era sair gravando a série e aquilo que não funcionasse, seria ajustado com regravações na pós-produção. Os programas também não tinham showrumners, que são profissionais que comandam e são responsáveis pela produção, dando um tom e mais personalidade pra produção.

Quem produzia os programas eram basicamente executivos de cinema. E com críticas negativas cada vez mais contundentes, principalmente após o fracasso de Invasão Secreta, a Marvel Studios parece estar buscando uma aproximação com o formato mais tradicional de se fazer TV.

Estamos tentando casar a cultura Marvel com a cultura televisiva tradicional“, contou Brad Winderbaum, Chefe de Streaming, Televisão e Animação da Marvel.

Demolidor no MCU

A primeira notícia que surgiu foi a que a Marvel, após a greve dos roteiristas, que recém terminou lá nos Estados Unidos, demitiu os roteiristas Chris Ord e Matt Corman, da nova série do Demolidor. E verdade seja dita, eram dois autores novatos e sem tanta experiência assim.

A série terá ao todo 18 episódios e pouco menos de 9 capítulos já haviam sido gravados. Mas a Marvel não gostou do resultado e dispensou os escritores, bem como os diretores envolvidos no projeto. Alguns materiais já gravados serão reaproveitados. Mas não tudo.

Um ponto negativo que se aponta para o que já havia sido gravado da nova série do Demolidor é que ela parecia excessivamente diferente das temporadas da Netflix, que ficaram marcadas pela ação e violência, dando um aspecto mais sombrio.

Fala-se que Matt Murdock, o herói protagonista do programa, não usaria seu uniforme de Demolidor nos 4 primeiros episódios. A trama focaria na sua vida pessoal. Não que isso fosse um problema, né? Na 1° temporada da Netflix o herói só usou seu uniforme no capítulo final.

Uma informação antiga também diz que a série, por ter 18 episódios, pretende explorar diferentes narrativas. Algo semelhante ao que a série The Last of US fez ao dedicar um episódio inteiro a um casal que não era protagonista da série.

Nesse sentido, vale lembrar que o Justiceiro está confirmado no programa. É possível que ele ganhe seu próprio arco narrativo dentro da série do Demolidor. Devem ter também episódios focados em casos de tribunal. Outros capítulos com mais ação e adrenalina. 18 episódios permitem tudo isso.

O futuro do MCU na TV

Com tudo isso, espera-se que as produções de agora em diante tenham mais identidade e visão de criadores. E sejam menos genéricas ao estilo Marvel. Uma das poucas séries da Marvel que teve uma estrutura próxima do novo normal, foi Mulher-Hulk. A série mais original do MCU.

Jéssica Gao não foi a showrumner de Mulher-Hulk, mas teve uma atuação muito próxima disso. E o resultado extremamente positivo foi nítido. O programa teve identidade. Mesmo que você seja da turma que não gosta da série, não dá pra negar que ela tem personalidade.

A partir de agora a Marvel trabalhará com episódios pilotos. Terá bíblias para orientar o desenvolvimento do programa, algo comum em séries mas que não era usado no MCU. O estúdio também deve abandonar a ideia de minisséries isoladas e de temporada única. A ideia é evitar que o público veja o programa como apenas um preparativo para algo maior vindo no cinema ou no MCU.

A alta audiência da segunda temporada de Loki reforçou ao estúdio a interpretação de que programas serializados e com mais temporadas permitem um maior desenvolvimento dos personagens e também uma conexão mais profunda com o público. As pessoas se dedicam e se importam mais.

Resumindo: a ideia é fazer as pessoas assistirem aos programas por se importarem com os personagens que tanto amam. E não pelo fato do programa estar vinculado a um filme, uma saga ou aos Vingadores.

Essas são as novidades de momento na Marvel Studios. Os próximos anos serão definitivos para repaginar criativamente o estúdio. Mas e aí, você gostou da novidade? Qual a sua opinião? Comenta aí.

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