Um dos mais queridos líderes mutantes morre em emocionante história
A Marvel publicou nessa quarta-feira, nos Estados Unidos, a revista X-Men Red #7, que repercutiu os eventos de VXE: Dia do Julgamento, a atual saga da dos quadrinhos que mistura X-Men, Vingadores e Eternos. A história foi escrita por Al Ewing (Imortal Hulk), desenhada por Stefano Caselli (Vingadoes) e colorida por Federico Blee (Legião de X).
Esse texto obviamente contará com spoilers de X-Men Red #7, que ainda é inédita no Brasil. Então siga a sua leitura por sua conta em risco.
Pois bem, em 2019 o escritor Jonathan Hickman assumiu a franquia X-Men e estabeleceu Krakoa, a nação mutante. Dentre as várias revoluções que ele propôs nas HQs, uma das mais emblemáticas foi o conceito de que alguns mutantes, unindo os seus poderes, poderiam ressuscitar outros mutantes. Clique aqui para entender em detalhes como isso funciona.
Ou seja, os mutantes se tornaram imortais. E mais do que isso, praticamente todos os mutantes que já morreram podem ser ressuscitados. Para isso, basta que Charles Xavier tenha um backup da psique do mutante armazenada no Cérebro.
Acontece que, recentemente, o Magneto, que era um dos 12 líderes de Krakoa, abriu mão da sua posição e se mudou para Arakko, o Planeta Mutante (ante conhecido como Marte). Na saga X de Espadas uma antiga civilização mutante perdida, o povo do Apocalipse, foi resgatada e acabou indo morar em Marte.
Para firmar seu posicionamento em Arakko e para provar que estava de maneira definitiva se comprometendo com esse povo mutante, Magneto abriu mão do seu backup no Cérebro. Ou seja, a partir desse momento, se ele morrer, em tese, Charles Xavier não poderia mais ressuscitar o velho amigo.
A morte de Magneto
Acontece que, para a tristeza da mutandade, o pior aconteceu. Logo no começo da saga Dia do Julgamento, os Eternos passaram a ter o entendimento de que os mutantes, por agora serem imortais e povoarem a Terra (e Arakko) em abundância, podem ser considerados deviantes. E é o instinto natural dos Eternos eliminar todo excesso de deviantes.
Sendo assim, Uranos, o avô do Thanos e um ser ainda mais poderoso do que o neto, foi enviado para Arakko e promoveu um verdadeiro genocídio. Milhões de mutantes foram mortos.
Magneto e outros mutante tentaram resistir, mas o líder mutante não teve nem chance. Teve o seu coração arrancado por Uranos.
Milagrosamente, Erik conseguiu usar o seu magnetismo para ganhar uma sobrevida, mesmo sem coração. E com esse tempo restante, ele salvou todos que ainda podiam ser salvos em Arakko.
E formando uma aliança com Tempestade, Mancha Solar, Fisher King, Sobunar, Lactuca, Lodus, Xilo, Khora e Syzyae, partiram em busca de vingança contra Uranos.
Magneto e Tempestade, dois mutantes de nível ômega, uniram seus poderes e conseguiram derrotar Uranos. E essa foi a última fagulha de energia do Magneto, que já caiu no chão, nos braços de Ororo.
Erik, no entanto, não partiu antes de fazer um grande discurso. Primeiro, pediu para que a Tempestade se comprometa a cuidar de Charles Xavier após a sua partida. Moira virou a casaca. Ele desertou do Conselho. E agora “Charles está sozinho com o seu sonho“.
Ele reconhece que entendeu o sonho de Xavier. “Nós precisamos ficar juntos. Nós precisamos lutar juntos … todas as sociedades consideradas “indesejadas”, humanas ou mutantes … nosso inimigos sempre vão nos destruir pela simples audácia de existirmos. Eles nunca pararam.“
Erik segue pedindo para a Ororo cuidar de Charles e explica a diferença entre os seus sonhos:
“Charles sonha em convencer o mundo de que temos valor. Na esperança de que o mundo nos faça seguros. Meu sonho era mais simples. Era garantir a nossa segurança … quer o mundo nos valorize ou não.“
Ele alerta sobre os perigos que Xavier enfrentará no futuro estando sozinho … e então, com as lágrimas nos olhos, escuta a voz de Anya, a sua filha que morreu em um incêndio logo após a Segunda Guerra Mundial.
“Você está vendo ela, Ororo? Ela está … sorrindo. Você a vê? Ela está orgulhosa de mim. Estarei lá minha querida. Eu …“
Essa foi a partida de Magneto, nos braços da Tempestade.
Deixando agora as emoções de lado, sejamos francos. A morte nos quadrinhos não é definitiva. Mais cedo ou mais tarde o Mestre do Magnetismo vai voltar. Pode ser semana que vem, ano que vem ou mesmo daqui 10 anos. Mas ele vai voltar.
Entretanto, nada vai apagar o sentimento e o coração dessa história. A qualidade dessa sua despedida sobrevive a qualquer eventual retorno.
Mas e então, caro leitor, o que você achou dessa morte? Não sei vocês, mas fiquei especialmente tocado com a sensibilidade do Al Ewing. E estou curioso para como a franquia repercutirá essa perda. Deixe a sua opinião nos comentários.