Plot twist: o final da Poderosa Thor é surpreendente
Na última edição da Poderosa Thor, Jane Foster sacrificou a sua vida para salvar Asgardia de Mangog, o monstro destinado a trazer o Ragnarok. A personagem, que já sofria com um câncer terminal na forma humana, acabou falecendo na forma de Deusa do Trovão. Foi o capítulo final da personagem … ou será que não?
A Poderosa Thor #706, publicada hoje nos Estados Unidos, inicia com Jane chegando nos portões de Valhalla, o paraíso dos nórdicos. Odin se encarrega de receber a heroína. Em um primeiro momento desce a lenha nela, xingando-a por todo o trabalho que ela tem lhe causado nos últimos meses, mas finaliza reconhecendo que ela realmente se tornou uma verdadeira Deusa do Trovão.
A questão é que na velha Asgard, Odinson não está aceitando a perda da sua amada. E mesmo ela não respirando mais e seu coração parando de bater, ele não desiste. O filho de Odin então absorve para si toda a energia da Deusa Tempestade, que residia dentro do Mjölnir.
A energia correndo em suas veias foi tanta que seu corpo passou a se decompor, inclusive seu braço de metal derreteu completamente. Foi então que Odin se juntou ao filho e juntos usaram a Deusa Tempestade como uma espécie de desfibrilador divino.
Jane Foster, que já estava nas portas de Valhalla, pronta para entrar, então desperta uma vez mais no mundo dos vivos. O nome desse arco é “A Morte da Poderosa Thor” e ele não poderia ser mais literal possível. Ela de fato morreu. A Deusa da Tempestade se foi, o Mjölnir foi completamente destruído (na verdade restou um pequeno fragmento que ficou com Odinson).
O futuro de Jane Foster será integralmente dedicado em tratar o seu câncer. Todo o tempo que ela negou ao seu corpo nos últimos 4 anos, será compensado agora. Ela ainda sentirá falta de voar, dentro de si ela ainda será a Poderosa Thor, mas isso agora é passado.
O roteirista Jason Aaron pregou uma enorme peça em todos os leitores com essa HQ. Todos estavam convictos de que Jane Foster seguiria morta e não sobreviveria. Mas ele virou o jogo com um final surpreendente. E como ele segue na revista, talvez, mas apenas talvez, essa não seja a última vez que veremos a maior heroína moderna da Marvel.
Preciso destacar aqui também o trabalho monstruoso de Russel Dauterman. O desenhista já havia realizado bons trabalhos em histórias do Asa Noturna e do Ciclopinho, mas ele se consolidou na carreira com a Thor. Os traços, detalhes e a diagramações competente fizeram toda a diferença para tornar essa fase inesquecível.
E seria injusto da minha parte não mencionar Matthew Wilson, o colorista que deu vida a todo o trabalho desenvolvido por Aaron e Dauterman.
A história da Poderosa Thor encerra-se aqui. Foi uma jornada fantástica, que não trouxe apenas empoderamento feminino, mas contribuiu significativamente para a já muito rica mitologia de Thor na Marvel. Jason Aaron se consagra no panteão dos maiores roteiristas do personagem.