Na próxima semana a Miss Marvel estará estreando a sua própria série no Disney+. A personagem, que foi criada nos quadrinhos em 2013, já teve mais de 80 HQs publicadas, marcou presença em animações, games e agora no live action. Mas o que justifica esse fenômeno? As suas histórias.
A revista mensal da Kamala, escrita por G. Willow Wilson, foi um título destinado ao público adolescente, mas com qualidade suficiente para agradar aos adultos também. A autora e a HQ figuraram por anos em listas de melhores do ano e tiveram algumas indicações ao Prêmio Eisner.
Sendo assim, nesse texto vamos listar algumas das histórias, com camadas e mensagens especiais, que dão o tom e explicam como a Kamala Khan caiu tão rapidamente nas graças do público. Vamos listar as histórias em ordem cronológica.
Logo o primeiro arco, a história de origem da Kamala, é muito poderoso. Ela ganha seus poderes de polimorfa e aos poucos vai desbravando a sua capacidade de se esticar, mudar de forma, crescer e diminuir.
E tudo isso é feito reforçando a sua identidade. Kamala é uma jovem muçulmana com uma família tradicional paquistanesa. A história gira em torno dela tentar encontrar a sua personalidade abrindo mão da sua identidade.
Na escola ela tenta esconder a sua cultura. Quando ganha poderes, tenta se transformar na Capitã Marvel. O ideal de uma mulher loira, branca e padrão. Durante uma alucinação, Khan chega a conversar uma Capitã Marvel imaginária: “quero ser linda e sensacional e sinistrona e menos complicada. Quero ser você.“
E ao longo da história ela aprende que não precisa ser outra pessoa e tampouco abrir mão da sua identidade para construir a sua própria jornada.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Adrian Alphona (Fugitivos), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (esgotado) e capa cartão (clique aqui para comprar).
O segundo arco da Miss Marvel nas HQs foi tão interessante quanto o primeiro. Aqui Kamala precisa enfrentar o seu primeiro vilão: o Inventor. Um homem que tem usado jovens como bateria para energizar a sua parafernalha.
Aqui, o subtexto reside na crise geracional que era pauta nos Estados Unidos e no mundo lá em 2014 e que, por incrível que pareça, ainda é assunto em 2022. E a revista é muito clara na sua mensagem, pra ninguém fingir que não entendeu.
Em um diálogo com a sua professora, na escola, Nakia, amiga de Kamala, apresenta a sua visão sobre um texto que estudou:
“Bom, Sra. Van Boom … achei o artigo um insulto. O autor disse que adolescentes são apenas parasitas viciados em seus smartphones e que não contribuem com a sociedade … mas isso não parece ninguém que conheço. Quero dizer, como você pode descartar uma geração inteira antes mesmo dela ter a chance de se provar?“
E Kamala complementa a resposta da sua amiga quando questionada pela professora se acha justo desistir da sua geração:
“Bom … desistir da próxima geração é que nem desistir do futuro, certo? E … e, às vezes, a próxima geração tem que lidar com todos os problemas que a geração anterior deixou para ela resolver.“
O Inventor quer usar adolescentes como bateria para evitar uma crise de energia global no futuro. Um colapso completo que causaria guerras. E convenceu alguns jovens de que isso seria um sacrifício nobre. Sobrou para a Kamala convencer a todos que nada disso é culpa deles.
O discurso final do Inventor foi o mais claro possível:
“Os jovens são vistos como um fardo político, um incômodo público. Eles não são considerados dignos de serem educados ou protegidos. São chamados de parasitas, sanguessugas, pirralhos, pestes … se você usasse essas palavras para descrever qualquer outra minoria que não crianças, seria considerado muito compreensivelmente um discurso de ódio. Estamos apenas levando esse ódio à sua conclusão lógica.
O arco é cheio de ação. A Kamala consegue convencer os jovens de que eles são importantes e ainda poderão realizar grandes coisas na vida. E juntos ajudam a Miss Marvel a derrotar o seu primeiro vilão.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Adrian Alphona (Fugitivos) e Jacob Wyatt (Aranhaverso), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (clique aqui para comprar).
O terceiro arco da Miss Marvel abordou o machismo de uma forma mais ampla, colocando a Kamala em uma situação vulnerável de assédio.
Na história, ela conhece Kamran, um jovem muçulmano muito bonito, charmoso e que parece ser descolado igual a ela. Ele honra a sua cultura, mas também gosta de coisas nerds e de fugir um pouco do rígido controle dos seus pais. Mas a cada interação ele parece querer levar Kamala mais longe, fazendo com que ela mate aula e abra mão de algumas das suas responsabilidades.
Kamala até revela a sua identidade secreta para ele. Kamran se revela um inumano também, capaz de assumir uma forma gelatinosa e explodir coisas.
Mas ele logo surge com um papo de supremacia inumana, tentar forçar ela a se juntar a ele. Quando ela nega, ele a imobiliza e leva a força para o QG dos vilões. E apesar da história ter um formato mais padrão, no sentido de ter lutas, vilões, capangas e tudo o mais, a mensagem é muito clara: um homem que não soube ouvir um não de uma mulher.
Mas a forma como Kamran mexe com a Kamala e deixa ela tensa e vulnerável. Ele foi o primeiro rapaz que ela quase beijou. Ela estava apaixonada e ele fez tudo isso. E o pior, de alguma forma ela se sente culpada por tudo ter dado tão errado. Como se ela tivesse de ter se submetido aos planos doidos dele.
Então, apesar de ser ainda uma clássica história de super-heróis, é também uma história de machismo e assédio. E em uma revista voltada para a gurizada, é importante que temas como esse sejam abordados.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Takeshi Miyazawa (Homem-Aranha), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (clique aqui para comprar).
A quarta história da nossa lista é referente ao fim do mundo. Enquanto em Manhatan se desenrolava a famigerada Guerras Secretas e o mundo estava na iminência de acabar, a Miss Marvel estava em New Jersey controlando o caos que isso estava provocando.
E isso levanta os questionamentos: o que você estaria fazendo no fim do mundo? Com quem gostaria de estar? E quando o mundo não está acabando, você fica com essas pessoas?
Foi uma história para a Kamala colocar a cabeça no lugar, deixar para lá toda a loucura da sua vida e entender quem são as suas prioridades. Quem são as pessoas que merecem o seu tempo? Sua família e seus amigos.
É uma mensagem um pouco piegas, mas ainda muito importante. Em um mundo tão corrido, as vezes a gente não dedica tempo suficiente para transmitir amor para as pessoas que amamos
OBS: é essa história que traz o primeiro encontro entre a Miss Marvel e a Capitã Marvel.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Adrian Alphona (Fugitivos), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em Miss Marvel: Últimos Dias, clique aqui para comprar.
Fiquei até surpreso quando a revista da Miss Marvel começou a abordar a Gentrificação na história. Pra quem não sabe, esse é o nome do processo urbano quando grandes construtoras e redes acabam se apropriando de regiões da periferia e a transformam em áreas nobres, expulsando a sua população da área e exterminando traços culturais daquelas pessoas.
E é exatamente o que acontece na Jersey City da Kamala. Uma empresa de fachada, da Hidra, pavimentou ruas e adquiriu imóveis no bairro da Miss Marvel e começou a expulsar os pequenos empreendedores da região, para criar áreas mais nobres. Elitizaram a área.
E para ajudar, estão usando como slogan que vão limpar a área, como se as pessoas ais humildes que até então moravam e trabalhavam na região fossem sujeira.
Como uma boa história de super-heróis, teve toda uma trama envolvendo controle da mente, super-vilões e muita luta. Mas no centro da história estava a gentrificação e os seus impactos na periferia.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Adrian Alphona (Fugitivos) e Takeshi Miyazawa (Homem-Aranha), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (ainda inédito).
A 6° história da nossa lista é o tie-in da Miss Marvel na péssima saga Guerra Civil II, mas que por incrível que pareça rendeu uma ótima história para a Kamala. O evento em si gira em torno de um Inumano capaz de prever o futuro com tamanha precisão que a Capitã Marvel lidera uma iniciativa de prevenção aos crimes, capturando pessoas antes que elas cometam qualquer atrocidade.
O que na teoria é lindo, se torna caótico muito rápido. Principalmente por remeter a prática de traçar perfis. Kamala imediatamente tomou uma postura de apoiar a sua referência heroica, a Capitã, e assumiu o comando de um esquadrão teste de prevenção de crimes em Jersey City.
Mas foi em uma conversa com a sua cunhada, a Tyesha, uma mulher negra, que começou a mudar sua opinião sobre a postura da Capitã. Tyesha falou:
“Se eles te processam por algo que poderia ter feito, teremos de redefinir o que é crime“, disparou a Tyesha. Kamala até tenta argumentar que não é melhor tirar das ruas alguém que planeja cometer um crime antes que ela de fato faça algo?
E Tyesha novamente responde: “Quer que eu te conte como era em Greenville [cidade com grande histórico de desigualdade racial e racismo no Estado da Carolina do Sul] quando eu era pequena? Durante o negócio todo de tolerância zero com o crime? Meninos podiam ser detidos por ficarem muito temo parados na esquina. Causa provável, certo? Sabe o que conseguimos? Uma geração inteira de garotos que foram para a prisão em vez da faculdade.“
Kamala ficou muito pensativa e questionou, “esse é um sistema novo … e se ele salvar vidas?” E Tyesha encerrou a discussão: “Vidas de quem? Já pensou que talvez as pessoas realizando os crimes também precisam ser salvas?“
E ao longo do arco a autora é sagaz o suficiente para colocar a Kamala para sentir na pele todo esse drama. E mais ainda, as consequências desse arco foram ousadas em um nível que eu não achei que a Marvel faria.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Adrian Alphona (Fugitivos) e Takeshi Miyazawa (Homem-Aranha), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (ainda inédito).
Em sétimo lugar da nossa lista temos uma histórica que não é um arco, é uma história de edição única, mas é talvez uma das mais importantes da Miss Marvel.
É basicamente a G. Willow Wilson prestando um serviço pra todos os americanos e usando uma história em quadrinhos para ensinar a população a votar, bem como a importância de exercer a cidadania.
A história ocorre na véspera das eleições municipais, quando as zonas eleitorais de diversos cidadãos mudou de local e eles estão confusos, sem saber onde votar. E como nos Estados Unidos o voto não é obrigatório, muitos acabam optando por não votar.
É aí que a Kamala entra em ação, ela descobre que um dos candidatos é associado a Hidra, que também estava envolvido na gentrificação do seu bairro e também está envolvido na mudança das zonas eleitorais. Ele mudou mudou as zonas de regiões onde pesquisas indicavam que ele iria perder e manteve naquelas em que era favorito.
A partir de então a Kamala e diversos jovens da cidade se engajam para, na véspera das eleições, convencer a maior quantidade possível de pessoas a votarem. Alguns não votam por acharem que isso é um símbolo de protesto. Outros não sabem se estão com registro hábil. Tem gente que é natural de outro estado, onde eles votam? Fora que alguns patrões não liberam os funcionários para votar.
A Miss Marvel esclarece todas as dúvidas das pessoas. Que são possíveis dúvidas dos leitores também, então há toda uma didática nessa trama. Ela explica onde conferir o registro, como se registrar, apresenta a votação via correio e deixa claro que os patrões são obrigados a dar folga para o funcionário votar.
E a Kamala soltou uma resposta muito esclarecedora para um senhor de idade que achava que estava protestando ao não votar: “Não existe isso de protestar não votando num país sem votação obrigatória, pra começo de conversa. Não votar não é um protesto. Não votar é o normal. Não votando, você não está dando o recado … só está se amontoando com os milhões de pessoas que não votaram porque não sabem como ou não ligam.“
“Mas os candidatos são todos horríveis!“, exclamou o senhor. E com paciência a Kamala explicou: “É, as vezes não são aquela beleza. Mas é porque democracias são coalizões. Todos os partidos tem que chegar a um meio-termo para poder governar. Você vai ter que aceitar alguma coisa. A questão é o quê.“
O final dessa história eu deixo para vocês descobrirem lendo a HQ.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Mirka Andolfo (Mercy), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (ainda inédito).
Até que demorou para o tema da empatia surgir em uma história de adolescentes, mas enfim a história chegou e valeu 100% a espera. Aqui somos apresentados a um novo vilão da Miss Marvel: o Doc.X, um vírus inteligente que vai se adaptando e aprendendo mais sobre as suas vítimas.
Assim que ele faz contato, ele varre todos os dispositivos tecnológicos das pessoas, invade suas privacidades e começa a promover chantagens. Seu modus operandi é explicado para a Kamala:
“Quando você ameaça a segurança de alguém, o instinto de autopreservação dispara. Eles te batem ou fogem de você. É simples. Mas quando você pega o nome de uma pessoa … quando você expõe os segredos dela … a pessoa não pode lutar ou fugir. Então, trava.“
O conceito do Doc.X é o mesmo dos trolls da internet. Isso fica claro inclusive no seu visual. Pessoas da internet que você nem conhece, mas que são agressivas, escrotas e babacas umas com as outras sem nenhum motivo aparente. Apenas por se acharem livres para isso no ambiente virtual.
Um dos principais atos de vilania de Doc.X foi expor para toda a escola que Zoe, amiga de Kamala, é lésbica e estava apaixonada por Nakia. Essa exposição pública da sua privacidade fez com que muita gente começasse a olhar torto e com ar de julgamento no colégio.
Mas a história traz uma poderosa mensagem de empatia. Afinal, esses trolls da internet só conseguem mexer com a nossa cabeça se lhe dermos poder para isso. Na HQ, os amigos e vários alunos da escola, acabam dando suporte para Zoe. E temos um poderoso monólogo interno da Miss Marvel:
“Num mundo sem segredos, estamos sempre representando. Mostrando para as pessoas o que queremos ser, e dizendo a nós mesmos que é quem somos. Só que … nem sempre funciona. Alguma coisa verdadeira sempre escapole. Às vezes é boa, às vezes é ruim … mas sempre é pessoal.
O que significa que temos que encarar não só uns aos outros mas a nós mesmos. As coisas que só sonhamos, as coisas que nunca queríamos dizer em voz alta … de repente vira tudo propriedade pública. Em exibição, não mais nosso. Nós todos temos identidades secretas. Identidades secretas, mas nenhum segredo. E isso é um saco.
Então, por que é tão difícil ser gentil? Por que ser legal com os outros parece tão … embaraçoso? Por que não podemos apenas dizer ‘Ei, poderia ter sido eu comigo. Eu mandei e-mails. Eu tirei fotos. Eu tentei esconder coisas dos meus pais. Poderia ter sido comigo, então vou te ajudar a passar por isso. Vou ficar contigo durante o maremoto de constrangimento humilhante. E vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem, porque a gente vai deixar tudo bem’.
Imagina o que aconteceria se compaixão fosse normal. Imagina quantas pessoas estariam aqui. Imagina só.“
A história claramente faz referência as pessoas que sofrem com trolls na internet, mas também aquelas que acabam sofrendo algum tipo de exposed na internet. Jovens tem a sua sexualidade exposta quando ainda nem mesmo aprenderam a se aceitar. Outros, normalmente mulheres, acabam tendo fotos nuas expostas na internet.
A última parte do monólogo da Kamala é muito forte. “Imagina quantas pessoas estariam aqui“. Todas essas atitudes, no mundo real, sem compaixão, acabam em tragédias. Mais uma vez a Miss Marvel protagoniza uma história extremamente relevante para a juventude. Tenham empatia, tenham compaixão. Poderia ser você.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Takeshi Miyazawa (Homem-Aranha), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (ainda inédito).
O nosso último item da lista talvez seja o mais ousado. Aqui no Brasil nós estamos acostumados a uma democracia frágil, onde assistimos até com certa naturalidade golpes sendo dados ao Estado.
A roteirista G. Willow Wilson leva esse cenário para os Estados Unidos em um arco que mexe om muitas coisas, mas tem a democracia em seu centro. Lembram que algumas histórias atrás, durante as eleições, havia um candidato da Hidra? Pois bem, ele não gostou de sair derrotado.
E então arquitetou um golpe jurídico para tirar a Prefeita eleita do poder. Ao mesmo tempo, implementou uma política de tolerância zero com pessoas com super-poderes, mesmo aqueles cidadãos comuns que não atuam como heróis.
A partir de então seguiu-se uma perseguição aos super-seres ilegais, que combina perfeitamente com uma perseguição a imigrantes ilegais. E isso fica muito nítido quando capturam Aamir Khan, irmão da Kamala.
Inclusive, quando ele é capturado pela polícia, faz um impactante discurso para os policiais:
“Tá bom, tá bom. Fica frio. Não tenho nada a esconder. Eu só, eu só … fico preocupado que vocês não liguem de fato se eu tenho ou não algo a esconder. Minha preocupação é já termos passado desse ponto, que não estejam interessados em quem é inocente e quem é culpado. Só querem punir alguém convenientemente.
Quer dizer … eu sei como isto parece. Sei como eu pareço. Mas já te ocorreu que os imbecis que explodem shopping centers quase nunca se parecem comigo? Eles se parecem contigo, cara. Eles namoram as garotas bonitas, vestem Adidas, passam gel no cabelo, vão a festas …“
A história que se segue desse arco é sobre a morte da democracia. As pessoas perdendo seus direitos por “serem diferentes“. A ascensão do fascismo e pior, com apoio popular. Afinal, muita gente estão com medo das pessoas com super-poderes.
A história tem diversas camadas e em nenhum momento abre mão de ser uma história de herói.
Esse arco contou com roteiro de G. Willow Wilson, arte de Marco Failla (Era do X-Man), cores de Ian Herring (Teia de Seda) e foi publicada em dois formatos no Brasil: Capa dura (clique aqui para comprar) e capa cartão (ainda inédito).
Essas são as minhas 9 histórias favoritas da Miss Marvel. Elas oferecem mais do que boas aventuras de super-heróis. Tem poderosas mensagens dentro das clássicas lutinhas de herói e vilão. Recomendo demais a leitura para você que está lendo esse texto e também para seus filhos, sobrinhos, afilhados ou mesmo primos menores.
Mas e então, caro leitor, já tinha lido essas HQs da Miss Marvel? Qual é a sua preferida? Deixe a sua opinião nos comentários.
Com pré-estreia em todo o Brasil nessa quarta e com lançamento oficial na quinta-feira, Deadpool…
Após o frenético 5° episódio que culminou na destruição de Genosha, o 6° episódio pisou…
O quinto episódio de X-Men'97 é um ACONTECIMENTO. Um evento. Uma insanidade. Um dos maiores…
X-Men ’97 já é um dos grandes sucessos da Marvel. O programa estreou semana retrasada no…
X-Men '97 já é um dos grandes sucessos da Marvel. O programa estreou semana passada…
X-Men '97, série animada que dá continuidade ao desenho animado dos X-Men lá da década…