Junho marcou o mês do orgulho LGBTQ, então aproveitamos para refletir sobre os espaços, vivências e representações na mídia por parte dessa comunidade. Agora, mais do que nunca, estamos ansiosos e mais assíduos para acompanhar representações de uma cultura diversa e saudável dentro das mídias visuais. Infelizmente a nossa ansiedade não condiz com a realidade que vivemos hoje.
Apesar de termos alguns produtos tentando mudar paradigmas e introduzindo personagens mais diversos em algumas séries da Marvel TV, é sempre bom lembrar que o no cinema, infelizmente, alguns personagens da Marvel tiveram suas orientações sexuais, e até gêneros, apagados, como por exemplo:
Interpretada por Rebecca Romijin e Jennifer Lawrence, Mística, foi uma das poucas personagens em aparecer em todos os filmes dos X-Men desde os anos 2000.
Os fãs mais assíduos dos mutantes vão saber que a mutante é bissexual, tendo se envolvido com Azazel e Wolverine, mas acontece que nos quadrinhos o grande amor da sua vida é uma mulher: Sina; esta que a Fox sempre rejeitou e nunca tentou abordar, ela nem mesmo apareceu em algum filme.
Em uma entrevista de 2015, Tim Miller, diretor do primeiro filme do Deadpool, revelou que o personagem seria pansexual, mas ao longo do filme não há nenhuma menção da sexualidade do mercenário. Exceto pela cena específica onde ele ele pratica sexo com a sua namorada, porém, é importante ressaltar, ele fez sexo com a sua NAMORADA. E a cena ainda foi tratada como piada.
Ryan Reynolds ainda falou da possibilidade do anti-herói ganhar um namorado no segundo filme, mas todos sabemos que nunca aconteceu.
A primeira promessa de personagem LGBTQ para o UCM, mas o estúdio deixou os fãs enfurecidos quando foi revelado que a cena aonde Valquíria se assumia, havia sido deletada.
Entretanto a esperança de ver a heroína assumindo um relacionamento homoafetivo nas telonas ainda não acabou. A própria Tessa Thompson, intérprete de Valquíria, já deu a entender que a personagem estará procurando por uma namorada em Thor: Amor e Trovão, filme que será lançado em 2022.
As duas Doras Milaje de Wakanda teriam uma cena aonde estariam flertando, apenas um flerte e nada demais, mas de acordo com o roteirista do filme, a Marvel optou por não mostrar interação entre as duas, até jogou Okoye para um relacionamento heterossexual.
O que não muda muito, já que um flerte poderia passar despercebido por muita gente.
Ambas foram confirmadas como casal na sequência de Deadpool, mas quando o filme chegou aos cinemas, ambas personagens apareceram em um tempo curtíssimo de cena, sem aproveitamento na trama e nem mesmo um aprofundamento.
O que é muito estranho, já que pegaram uma figurante, deram uma namorada e a venderam como representatividade, mas ficou apenas no marketing.
O Deus da Trapaça virou um dos personagens mais amáveis do MCU, tendo conquistado muitos fãs, mas nas HQs, Loki, é gênero fluído, ou seja, não se identifica com apenas um gênero.
A identidade do personagem ficou apagada dentro dos filmes. Teria sido ótimo se tivessem aberto para o público, assim uma discussão sobre outras identidades de gênero poderiam ser incentivadas.
Apesar disso, especula-se que a minissérie do personagem no Disney+ poderá abordar essa questão. Isso pois especula-se a participação da Lady Loki no programa, ela seria uma versão passada do Loki, quando ele usava um corpo feminino.
Apesar da atitude não ser nada exemplar, é preciso destacar que ainda há uma grande parcela de grupos e países que condenam pessoas LGBTQ. Ou seja, comercializar produtos nesses países é uma dificuldade. O escritor Sina Grace, em recente entrevista aqui no site, comentou como abordar a temática LGBT em produções culturais está longe de ser algo amplamente rentável como muitos fazem parecer.
Porém na mesma entrevista, o autor falou que tudo depende de quem assume o poder e se dispõe a reconhecer que séries como Pose e RuPaul’s Drag Race são sucessos financeiros, ao mesmo tempo que acertam ao contar histórias sobre a comunidade.
E é justamente aqui que corporações como a Fox e Disney entram, pois os estúdios estão com o poder, sempre tem retorno financeiro, e poderiam tentar se abrir para mudanças. Felizmente o futuro do MCU parece bastante diverso com a Viúva-Negra, Eternos, Miss Marvel, Shang-Chi, Mulher-Hulk, Loki e várias outras produções. Esperamos que a comunidade LGBT possa finalmente se sentir bem representada pela Marvel.
Texto de Paulo Miranda.
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