Tem pessoas que usam o termo “Fórmula da Marvel” com um tom depreciativo, mas eu sou de um pensamento diferente. Acho que a estratégia que a Casa das Ideias encontrou para viabilizar os seus projetos cinematográficos é uma das coisas mais interessantes da atualidade. Não existe ousadia em lançar filmes como Homem Formiga, Dr. Estranho e Guardiões da Galáxia? E essa “fórmula” foi aperfeiçoada, uma vez mais, em Thor: Ragnarok.
O terceiro filme do Deus do Trovão possui uma proposta bastante distinta dos seus antecessores. O primeiro passo para essa mudança foi a contratação do diretor Taika Waititi, que sempre se destacou por produções independentes de comédia. Foi aí que a Marvel Studios começou a se afastar da versão “Shakespeare” do Thor.
Se uma versão mais poética, romântica, séria em alguns momentos e bastante lúdica do personagem não deu certo, com o humor ele se encontrou e está caindo nas graças dos críticos. O longa é um espetáculo visual que faz referência não apenas em Jack Kirby, mas também carrega o espírito do Thor de Walter Simonson, o maior escritor do personagem.
É aquele tipo de filme que o espectador precisa cuidar atentamente dos detalhes, pois cada cena é recheada de easter-eggs. As referências inclusive podem ser encontradas nos diálogos, como na primeira fala de Korg.
Esse é o 17° longa do MCU e o terceiro do Thor. Se você ainda não entendeu, vou esclarecer: os filmes da Marvel são blockbusters de comédia com ação para todos os públicos. O que muitos podem chamar de “infantil“, eu chamo de “adaptação de histórias em quadrinhos de super-heróis“. O filme não é mais infantil, e nem mais maduro, do que as histórias do Walter Simonson, por exemplo.
Em termos de fidelidade com as HQs, o longa apresenta uma série de referências, mas também muitas mudanças. A Hela (Cate Blanchett), é uma mistura de Cul Borson com a Hela dos quadrinhos. Boa parte do filme adapta o plot do arco Planeta Hulk, invertendo alguns papéis: Thor (Chris Hemsworth) seria o Hulk, o próprio Hulk (Mark Ruffalo) assume o papel que o Surfista Prateado teve na história original e a Valquíria (Tessa Thompson) tem algumas semelhanças com a Caiera.
O arco dramático dos personagens estão construído de forma bem eficiente, estabelecendo tudo o que é necessário para a trama. Odin (Anthony Hopkins) tem participações certeiras. O Hulk mesmo aparecendo menos do que se esperava, ganha um arco dramático que deve ser retomado no futuro. E Loki (Tom Hiddleston)estabelece de vez que não é um vilão.
Personagens como o Grão-Mestre (Jeff Goldblum), Korg (o próprio Taika) e a Valquíria roubam as cenas. A vilã Hela, se seguir como já está acontecendo nas HQs, deve retornar no futuro tendo um papel muito mais importante. Sendo assim, o Ragnarok foi apenas a sua apresentação para o grande público.
Algo que merece um destaque especial são as cenas de ação. Duas em especial, quando toca a música “Immigrant Song” do Led Zepplin. São dois espetáculos visuais que nos fazem torcer para que nunca acabem. São momentos como esse que despertam o desejo de ser o Thor e conseguir fazer aquelas coisas todas. E quando um filme consegue despertar esse sentimento, isso é mágico.
Um mérito do marketing que precisa ser valorizado e respeitado, é que os trailers, para não estragarem as surpresas do espectador, foram alterados drasticamente. Cenas inteiras mudaram e tiveram elementos adicionados que alteram totalmente a perspectiva de quem assiste. Ao contrário de muitos filmes, não foi uma trama previsível.
Thor: Ragnarok não é o melhor filme do MCU, mas está certamente dentre os mais divertidos. Entrega uma trama digna do Deus do Trovão e faz o fã querer ver mais momentos desses personagens juntos. E mais uma vez, não vá esperando algo sério, ninguém nunca prometeu que o filme seria assim.
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