Um dos assuntos mais comentados sobre Vingadores: Ultimato foi a abordagem dada ao Thor. As reclamações dos fãs partem do fato do personagem ter tido uma crescente e de poder e cenas épicas em Thor: Ragnarok e Vingadores: Guerra Infinita e que essa expectativa foi quebrada em Ultimato.
Há quem chame isso de retrocesso. Discordo totalmente. Para haver um retrocesso, o personagem teria de retornar a um ponto onde ele já esteve anteriormente, e não é isso o que acontece. O filme faz com que o deus nórdico dê um passo adiante no seu desenvolvimento, o problema foi que esse passo não seguiu na direção que alguns fãs estavam esperando.
O Thor é um cara que perdeu a mãe, depois perdeu o pai, então perdeu o seu reino, na sequência perdeu o irmão, seu melhor amigo, o seu povo e quando teve a oportunidade de matar o inimigo, ele falhou e como consequência metade do universo foi morto.
As vezes uma única perda já é o suficiente para nos colocar para baixo, imagine então perder absolutamente tudo e sentir o peso da responsabilidade nas costas? Em Guerra Infinita acompanhamos um Thor que sabia se impor, mas também não podemos esquecer que era um Deus do Trovão buscando vingança e com muita fúria. Esse status não iria se manter por muito tempo, principalmente após ele falhar em deter Thanos.
No momento em que ele não conseguiu cumprir a sua missão, bateu aquela bad, o desespero e a depressão. Ultimato desenvolve a consequência de todo esse fardo apelando para o humor, mas de nenhuma forma isso diminui o drama do personagem. O sofrimento dele é real, a dor é real.
O cara que por séculos enfrentou os mais diversos adversário e saiu vitorioso, um deus, sucumbiu à tristeza. E há uma mensagem bastante clara aqui. Estamos todos suscetíveis à depressão, até aqueles que endeusamos.
Esqueça ele pançudo, bêbado, viciado em video game e as piadas (apesar disso tudo ser uma realidade para algumas pessoas que sofrem de depressão), isso é só uma forma de abordar a situação, para que tudo fique “palatável” para uma plateia massificada e cheia de crianças. Mas o plot em si, é muito coerente e relevante.
Seria muito fácil depois de todas essas perdas mostrar o Thor pomposo e fodão. Mas aí ele seria uma pessoa perfeita, sem emoção, sem desenvolvimento. Apenas um símbolo máximo do que seria um Deus. Mas pra quem interessa um personagem perfeito com qual nós, meros humanos e cheios de falhas, não podemos nos identificar?
A cena da imagem abaixo eu acho que é muito emblemática e lembra muito o que rolou nos quadrinhos recentemente na revista O Indigno Thor de Jason Aaron. A culpa que o Thor tanto estava sentindo lhe fez crer que não era mais digno. E o sorriso sincero dele ao conseguir erguer o martelo de novo, após conversar com a sua mãe, simboliza mais do que aparenta em uma observação superficial.
Inclusive, em um momento crucial do filme, quando os Vingadores vão usar a Manopla do Infinito para trazer todas as pessoas de volta, a insistência de Thor em ser ele a fazer o estalo, é uma forma do personagem querer se provar e tentar “consertar o erro de Guerra Infinita”.
Thor em Ultimato passa a mensagem de que a depressão não torna ninguém menos digno e que todos estamos sujeitos a encarar a depressão, até mesmo o maior dos guerreiros, um deu, com séculos de experiência.
Apesar de tudo isso o filme não é passível de críticas pela abordagem do tema. Entendo que o longa se perdeu um pouco quando colocou outros heróis fazendo piada ou tirando sarro do Thor.
Poderiam mostrar os personagens um pouco mais preocupados com essa depressão do Thor, ao invés de fazerem piada com ele.
A ideia era representar as pessoas que não conseguem ver que seus amigos estão com depressão as vezes? Talvez.
Ou então uma referência aos fãs que não conseguem ver essa depressão no Thor, por acharem que ele é tão foda e que até por ser um deus, está acima disso? Quem sabe.
Mas acho que faltou um pouco de tato. Mas mais uma vez, o problema não foi o humor ou a abordagem cômica, mas a execução nesses detalhes.
Mas e você, caro leitor, o que achou do Thor em Vingadores: Ultimato? Gostou da abordagem que o personagem recebeu? Deixe a sua opinião nos comentários.
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