Opinião cada um tem a sua. Tem gente que tem opinião polêmica, outros tem opinião rasa, tem a galera com opinião ruim e ainda os “maria vai com as outras“, que é a galera sem opinião própria.
Pois bem, antes de você pistolar, tenha em mente que esse texto não tem como objetivo servir como uma verdade absoluta. Ele apenas representa a opinião daquele que vos escreve. Dito isso, vamos aos 5 pontos.
Peraí, antes de prosseguir, avisamos que esse texto tem spoilers de Homem-Aranha: Longe de Casa. Portanto, fica o alerta.
A essência do Homem-Aranha reside na sua identidade secreta, o Peter Parker. O moleque humilde, de vida sofrida, que ganhou um grande poder e dessa forma, uma grande responsabilidade também.
Apesar do efeito nostalgia estar em alta no momento, é bom lembrar que as versões anteriores do Peter Parker não eram nenhuma unanimidade entre os fãs. O Peter de Tobey Maguire representava muito bem o nerd introspectivo e o rapaz azarado, mas pecava na abordagem “cômica” do herói. Já o Peter de Andrew Garfield foi duramente criticado por ser moderno demais e não ter semelhanças com a versão dos quadrinhos.
Nesse ponto, a versão atual de Peter Parker, interpretada por Tom Holland, já sai na vantagem. Ele é um nerd com dificuldades sociais e também tem uma veia cômica muito boa.
Uma das maiores críticas que os fãs fazem ao atual Homem-Aranha é que não fomos apresentados ao Tio Ben, o o mentor ético do Homem-Aranha e nem ouvimos a sua clássica frase: “com grandes poderes, também vem grandes responsabilidades“.
Isso tudo, somado ao fato de que o herói, no filme Homem-Aranha: De Volta ao Lar, age com irresponsabilidade para impressionar o Homem de Ferro, despertou a fúria de alguns fãs mais enérgicos. Mas calma lá, as vezes esse ódio exagerado pode lhe impedir de ver o que está bem na sua frente.
Primeiro que vamos recordar: o Homem-Aranha foi inserido no filme Capitão América: Guerra Civil, ele ganhou os poderes seis meses antes dos acontecimentos do filme, na época em que o Tio Ben morreu. Apesar do ator não aparecer em nenhum filme até o momento, ele já foi mencionado algumas vezes.
O Homem de Ferro descobre a existência do Homem-Aranha, pois o garoto já estava andando pela cidade, com um proto-uniforme e salvando vidas. Ou seja, antes mesmo de conhecer o Homem de Ferro, Peter já havia aprendido a lição com o seu tio, nós apenas não vimos esse momento, mas ele aconteceu.
John Watts, diretor dos dois filmes do Homem-Aranha no MCU, em entrevista ao site Screen Crush, esclareceu que o Tio Ben existiu e passou todas as lições que já conhecemos ao Peter. E justamente por todos já estarmos familiarizados com essa origem, que foi contada duas vezes nos cinemas nos últimos 20 anos e que está presente em diversas HQs, jogos de video game e animações, ela foi “pulada” nos últimos dois filmes.
A prova mais firme disso está no filme da Guerra Civil, na cena em que o Homem de Ferro conversa com o Homem-Aranha no quarto. Peter diz: “Quando [você] consegue fazer as coisas que eu consigo, mas não faz, e aí coisas ruins acontecem, a culpa é sua“.
Não é exatamente “com grandes poderes, também vem grandes responsabilidades”, mas a essência da frase é a MESMA. E ele falou tudo isso no dia em que conheceu o Tony. Ou seja, seu norte ético já estava formado aí.
Caso você não se recorde dessa cena, pode assistir ela no vídeo abaixo. Ela está exatamente em 2minutos e 57 segundos:
Esse item poderia estar junto do anterior, mas ele ficaria muito extenso então decidir dividir em dois.
Como já mostrei anteriormente, o Peter já debutou no MCI com a noção de responsabilidade, então por qual motivo ele toma decisões irresponsáveis em Homem-Aranha: De Volta ao Lar e Homem-Aranha: Longe de Casa?
Apesar disso ser um motivo de críticas dos fãs mais enérgicos, eu enxergo com bons olhos, pois são pilares fundamentais no desenvolvimento pessoal.
Um jovem de 15 anos não se torna responsável após cometer UM erro, ouvir uma frase de efeito e pagar o preço pelo erro. Esse desenvolvimento e amadurecimento vem com o tempo.
Você não aprende a andar de bicicleta caindo uma única vez. Você leva alguns tombos na vida. Mas o importante é não cometer os MESMOS erros. Tudo isso molda o nosso caráter e nos permite crescer na vida. E é exatamente isso que está acontecendo com o Homem-Aranha no MCU.
Sabe o que acontece quando os filmes apressam as coisas e colocam a carroça na frente dos bois? Fênix Negra.
Conforme rumores, ainda não oficiais, teremos pelo menos nove filmes do herói no MCU. Por enquanto tivemos apenas dois. Ou seja, quando o nono filme estrear, teremos um Homem-Aranha adulto, consolidado, que já possui a completa noção de responsabilidade e que é um herói de destaque dos Vingadores. Exatamente como ocorreu nas HQs.
Mas essa jornada precisa fazer sentido para que lá no final, ao olhar para trás, seja possível dizer que tudo valeu a pena. Algo muito semelhante ao que aconteceu com Tony Stark, que surgiu como um playboy individualista, evoluiu ao longo dos filmes e ao final, se sacrificou salvando o universo.
Eu compreendo as pessoas quererem ver um Aranha já pronto, afinal, acabamos de ter isso no jogo do Homem-Aranha para PS4 e no filme animado do Aranhaverso. Mas calma, esse dia ainda chegará no MCU, mas vai demorar um pouco.
Os filmes do Homem-Aranha no MCU são os que melhor desenvolvem o elenco de apoio do personagem. O que é um grande mérito, pois o Peter sempre teve os melhores coadjuvantes.
Enquanto que nos filmes de Sam Raimi tínhamos basicamente Harry Osborn, Mary Jane, a Tia May e o John Jonah Jameson de coadjuvantes e na franquia Espetacular era a Gwen Stacy e a Tia May, agora temos uma variedade muito maior.
Já aproveito pra destacar aqui que eu não sou um entusiasta do que o filme fez, de mudar as características físicas de TODOS os colegas de escola do Peter. Porém, como tudo isso foi compensado na ótima caracterização, então pouco importa.
Ned Leed apesar de poucas semelhanças com a sua versão dos quadrinhos, ao se relacionar com a Betty Brant remeteu muito ao material original. Pois nas HQs ambos são jornalistas e se casaram. E conforme a primeira cena do filme, a “veia jornalista” da Betty parece que estará presente nos futuros filmes.
Flash Thompson sofreu, visualmente, uma mudança bastante radical. Não é um jovem atleta, bombado e loiro. Mas a sua essência de mantém: um rapaz que pratica bullying com o Peter e esse comportamento é um reflexo da sua desestruturação familiar. De sobra temos ainda a idolatria ao Homem-Aranha.
Tia May seguindo adiante e se relacionando com Happy também é uma referências às histórias em quadrinhos. Pois no período em que o Homem-Aranha entrou para os Vingadores e passou a trabalhar para o Homem de Ferro, May teve um affair com Jarvis, o mordomo dos Vingadores. E convenhamos, o Happy do MCU é o Alfred das HQs, né?
[Nota do Editor: Sim, eu sei que o Jarvis aparece na série da Agente Carter e até brevemente em Ultimato. Estou falando sobre a essência do Happy e não o personagem em si. Sei que são dois personagens distintos.]
A Tia May comandando uma entidade para atender desabrigados também é algo que acontece nas HQs (mas dai são pessoas em situação de rua e não vítimas do estalo do Thanos).
Dos interesses amorosos, MJ se destaca ao lado da Gwen Stacy da franquia Espetacular. São jovens carismáticas e com muita personalidade. Ao contrário da Mary Jane e a Gwen do Sam Raimi.
E bom, John Jonah Jameson surgiu no MCU com os dois pés na porta, não é mesmo? Ou seja, mais um grande coadjuvante para a franquia.
Aqui a franquia do MCU divide os méritos com a do Sam Raimi. Incrível como o Aranha consegue ter vilões muito bem adaptados no cinema.
Duende Verde, Dr. Octopus, Homem-Areia, Abutre e Mystério são ótimos vilões (estou ignorando propositalmente o Venom). São personagens que funcionam visualmente e possuem arcos dramáticos interessantíssimos e que respeitam as suas histórias. Cada um da sua maneira.
Provavelmente nos próximos filmes veremos o Jameson atuando também mais como um vilão, assim como ele já foi nas HQs e também o Escorpião, que foi sugerido ao final de De Volta ao Lar e não apareceu em Longe de Casa.
Uma das principais críticas, e merecidas, de Homem-Aranha: De Volta ao Lar foi que ele não teve cenas de ação impactantes. Como o filme se passa boa parte no Queens e até em Washington, não tivemos grandes momentos em NY, como ocorre na franquia do Sam Raimi.
Mas mais do que isso, as lutas contra o Abutre e Shocker foram pouco inspiradas, não trazendo, visualmente, nada de novo.
Esse erro foi corrigido em De Volta ao Lar. Além de ver o Homem-Aranha pelos pontos turísticos da Europa, principalmente durante a batalha final na Inglaterra, o uso dos poderes do Mystério esteve impecável.
A sequência em que o Mystério dobra o Homem-Aranha ao meio, o manipulando para conseguir a informação que queria é impecável. Certamente será um dos momentos cinematográficos do Homem-Aranha sobre o qual seguiremos nos referenciando nos próximos anos.
Mas e você, caro leitor, também é um fã da franquia do Homem-Aranha no MCU? E se não gosta, por qual motivo? Deixe a sua opinião nos comentários.
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